Um longo debate sobre a Reforma da Previdência concentrou entidades sindicais, instituições e estudantes de direito no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, na noite desta quinta-feira, 16. A única parlamentar presente no evento, senadora Kátia Abreu destacou que reforma é necessária, mas tem que analisar o momento e as situações. Ela garantiu que os benefícios continuados (deficientes físicos e idosos) não serão alterados caso a reforma previdenciária seja aprovada, principalmente os que limitam ao salário mínimo. A senadora informou ainda que há vários artigos sem regulamentação a exemplo como o que é ser deficiente físico. A parlamentar afirma “É abusivo trabalhar 49 anos para aposentar”, e disse ainda, que em audiência esta semana com o presidente Michel Temer alertou sobre a rejeição da população quanto a aprovação desta emenda constitucional. O tema foi discutido defendendo o lado dos trabalhadores do país pelo palestrante Emerson Costa Lemes, contador e consultor trabalhista, explanando a história do regime da previdência desde a criação da constituição federal, com os direitos conquistados, e o que pode acontecer com a aprovação dessa PEC afirmando que o trabalhador terá que trabalhar mais, contribuir mais para se aposentar. Já o representante do governo federal, Delúbio Gomes Silva, auditor-fiscal da Previdência Social e diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público da Secretaria de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, contradiz o professor Emerson justificando que a população brasileira está vivendo cada dia mais e por isso é necessário a reforma. “Se a expectativa de vida do brasileiro aumentou, então teremos um número maior de idosos com uma vida excelente, por isso temos que pensar na reforma sim, para equilibrar a previdência”, afirma o Auditor Delúbio Silva. O diretor do Sintras, Domingos Rodrigues da Silva, alavancou os prejuízos para os trabalhadores da saúde e pede apoio da senadora no processo pela não aprovação da PEC. “Senadora pedimos seu apoio pela não a PEC 287/16 e para transmitir o recado aos parlamentares do Tocantins, a PEC da morte tem que ser retirada de pauta, as reformas são necessárias, mas nesse momento é inviável a reforma, somos contra, veemente contra a reforma previdenciária, e o grito do cidadão, do trabalhador brasileiro é a retirada imediata da PEC da morte da pauta”, destacou o sindicalista. No final do debate foi definido pelos sindicalistas participantes do evento que será redigida uma carta aberta a sociedade sobre o tema em discussão.