Depois da vitoriosa greve geral do dia 28 de abril, o movimento sindical organiza a mobilização e decide ocupar Brasília nos dias 17 e 24 de maio. E o momento é bastante oportuno. O movimento sindical decidiu intensificar ações de pressão no Congresso Nacional nesta semana, de 15 a 19 de maio, com mobilização e visitas aos gabinetes dos senadores, previstas para amanhã, dia 17. Para o dia 24 está confirmada a marcha e ocupação de Brasília. Dirigentes da CNTS participarão da grande concentração em Brasília. Caravanas das federações filiadas e sindicatos vinculados virão dos estados participar do ato contra as reformas trabalhista e previdenciária. A Confederação, que desde o início da tramitação destes projetos considerados maléficos aos trabalhadores se empenha no combate à retirada de direitos, ressalta que o momento requer união de toda a sociedade, que está sendo ignorada pelo governo e excluída dos debates. Participarão também da mobilização as demais entidades filiadas ao Fórum Sindical dos Trabalhadores - FST. Em reunião na última quarta-feira, dia 10, as Confederações definiram as formas de atuação durante a ocupação da Esplanada, além da divulgação de material informativo sobre a prejudicialidade das reformas e terceirização. Entre os pontos que mais preocupam estão a celeridade da tramitação da reforma trabalhista, os prejuízos da terceirização sancionada por Temer e o financiamento sindical. As confederações de trabalhadores farão denúncias em todos os órgãos internacionais, demonstrando a forma com que este governo vem destruindo os direitos dos trabalhadores e o movimento sindical. Em relação à reforma trabalhista, o Fórum também vai intensificar o trabalho, dia 17, para impedir a aprovação do PLC 38/17, com apresentação de emendas no Senado, para derrotar e/ou atrasar o projeto do Executivo. As confederações poderão entrar com Ações Diretas de Inconstitucionalidade - ADIs, no STF, caso o projeto seja aprovado no Senado. A mobilização contra as reformas da Previdência (PEC 287/16) e trabalhista (PLC 38/17) tem surtido efeitos positivos. A primeira está parada na Câmara depois de ter sido aprovada na comissão especial na terça-feira, dia 9. O governo não reúne os 308 votos mínimos para aprová-la, em primeiro turno, no plenário da Câmara. Planeja coloca-la em pauta em junho, quando estima ter entre 320 e 330 votos para aprová-la. Sabe-se lá o que vai fazer para reunir esses votos. A reforma trabalhista está em discussão no Senado e segue ritmo de debates mais equilibrado que na Câmara. Não que não tenha havido debates na Casa inicial, mas esses não surtiram nenhum efeito, pois o relator lá, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), desconsiderou todas as considerações, sugestões, propostas e alertas dos que divergiam da proposta e do seu conteúdo. A prova disso é que a proposta do governo, que já era ruim, ficou pior.
(Fonte CNTS com informações Diap)