O Sintras repudia atitudes do Governo quando tenta atribuir a culpa da situação financeira do Estado nos servidores públicos da saúde. Ainda nesta semana, chegaram relatos no sindicato de que o gestor da Secretaria Estadual de saúde visitou os hospitais e em reunião com os profissionais da área proferiu que hoje a caótica situação financeira do Tocantins no setor saúde (conforme o governo anuncia desde o início do mandato) é em consequência dos gastos com folha de pessoal e pagamento de insalubridade. Que tamanha mentira descabida. Porque o gestor da pasta em contrapartida não destacou também a contribuição dada pelos servidores em prol do resgate financeiro do Estado? Afirmamos isso destacando as alterações no plano de carreira como a redução do percentual de 22% para 11% para os servidores aprovados no concurso de 2012; outro ponto que favoreceu o Estado é a progressão de forma alternada de 2 em 2 anos para os concursados até 19 de dezembro de 2012, negociação com a participação ativa do SINTRAS. Outra sugestão do SINTRAS acatada pelo governo por alguns meses é a carga horária de 6 horas corridas nos órgãos públicos da saúde, retornando as 8h diárias em 1º de agosto último, indo na contramão dos processos de economia do Estado. A culpa não é dos servidores. É só observar os reflexos das terceirizações de alguns serviços públicos, a falta de cobranças dos impostos dos apadrinhados do governo, pois sabemos que a máquina arrecadadora do Estado está proibida de fazer fiscalização, e quando fazem são escolhidos a dedos os fiscalizados. “O governo precisa parar de achar que o servidor público da saúde é o vilão do Estado. E reconhecer que somos sim! Heróis! Por trabalhar com saúde, sem condições de trabalho, com os setores e equipamentos sucateados e de forma desorganizados, diz o presidente Manoel Pereira de Miranda. E ainda o Governo teima em tentar a todo custo majorar carga horária para os servidores que laboram em regime de plantão. Principalmente, para os cargos administrativos, motoristas, entre outros. Conforme Manoel Miranda isso é inadmissível, pois a conversão está inclusive regulada em portaria discutida entre Sesau e SINTRAS. “Não vamos aceitar mais esta tentativa de usurpar os direitos dos servidores e trabalhadores da saúde”, ratifica ele. Por fim, o presidente da entidade chama atenção da categoria. “Servidores vamos ficar vigilantes. O sindicato convida você a estar mobilizados contra a pressão dos inimigos do servidor público. Não aceitaremos nenhum tipo de retaliações aos profissionais da saúde”.