O Sintras, um sindicato que zela pelos direitos dos profissionais de carreira pública, que tem lutado persistentemente pelos direitos dos servidores públicos devido à falta de compromisso do governo e valorização da classe, não poderia deixar de contrapor a forma como o Ministro Paulo Guedes, associou ao funcionalismo público.
“Parasitas” foi assim que o ministro comparou os servidores durante evento sobre a Reforma Administrativa do governo federal, na última sexta-feira, 7. Atitude que não causou surpresas, pois é notório esse tipo de comportamento vindo do ministro Paulo Guedes.
Contrapondo-o, o SINTRAS-TO fala com propriedade dos servidores públicos da saúde no Tocantins que são verdadeiros guerreiros, que trabalham na esperança de um dia serem valorizados com equivalência ao compromisso e responsabilidade que assumem na vida laboral.
Laboram sem condições dignas de trabalho, muitas das vezes têm que “se virar nos 30” para realizar um procedimento e não deixar o paciente sem atendimento ou risco de morte por falta de material de qualidade e em quantidade suficiente para uma boa prestação de serviço à população.
E ainda o sindicato destaca que, ora é necessário apelar na via judicial para requerer os direitos legais da categoria.
Com este cenário ratificamos injustiça relativizar os servidores dessa forma, chamando-os de parasitas. Afinal eles são peças chaves para o funcionamento da máquina pública e que os verdadeiros parasitas são os que bloqueiam nossa riqueza e repassa aos países ricos, como tem feito o governo Bolsonaro.
Pedido de desculpas
Após ter notado o grave erro ferindo os servidores, o ministro tentou reparar com pedido de desculpas. “Eu não falava de pessoas, mas do método utilizado pelos Estados e municípios referente a crise fiscal, onde registram salários elevados na folha de pagamento, dispensando investimentos na área da educação, saúde, segurança e saneamento”, alegou.
Mas em seu pedido de desculpas, ele frisa que valorizar os servidores com salários dignos não deve ser prioridade do governo, ou seja, mais uma afronta a classe.