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Pec que propõe financiar piso da enfermagem com Fundos públicos e do Social vai para promulgação

20/12/2022 21/12/2022 00:17 105 visualizações
Matéria teve relatoria do senador Fabiano Contarato, autor do projeto

Sintra informa que esta terça, 20 de dezembro de 2022, tornou um marco histórico de luta, onde o Senado aprova a proposta de emenda à Constituição que viabiliza o pagamento do piso da enfermagem (PEC 42/2022). “Uma conquista fruto de união, persistência, coragem e determinação dos profissionais”, diz o presidente Manoel Pereira de Miranda.

Para o Sintras a união dos profissionais fortaleceu o movimento pró piso enfermagem,  mobilizações, busca de apoio dos parlamentares, estado de greve, representantes legais da categoria, confederações, federações foram vigilantes e agindo em cada ameaça que tentava acabar com o direito dos profissionais da enfermagem.

A Pec que segue agora para promulgação direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional da enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A aprovação da proposta foi uma reação do Congresso à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear o pagamento do piso. A Corte deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e a eventual redução na qualidade dos serviços, com a apresentação de proposta de solução.

Para Contarato, autor do projeto que instituiu o piso nacional salarial para enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras (PL 2.564/2020 que gerou a Lei nº 14.434, de 2022) explica que “ O que ocorrerá são recursos que, até então, estavam destinados para a formação de superávits primários ou para a quitação de dívidas e passarão a ter uma destinação claramente mais útil para a sociedade”). 

Em seu voto, Contarato ressaltou que o impacto da PEC está estimado em R$ 19 bilhões. Frente a isso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avalia que o incremento necessário para o cumprimento do piso será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios, de R$ 1,3 bilhão ao ano para os estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União. Por outro lado, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou aumento de R$ 6,3 bilhões ao ano.

A Lei nº 14.434 fixou o piso salarial em R$ 4.750 para os enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para os técnicos em enfermagem, e 50% daquele valor (R$ 2.375) para os auxiliares de enfermagem e parteiras.

Fonte: Com informações da Agência Senado